Clara, A Mulher que Traz Azar— uma história já mais vista
João era um apostador experiente. Conhecia estatísticas, estudava os jogos e, sempre que fazia suas apostas, analisava cada detalhe com precisão. Ele não dependia da sorte, mas sim da lógica e do conhecimento. No entanto, algo começou a mudar.
Tudo começou quando conheceu Clara. Ela era uma mulher encantadora, de sorriso doce e olhar misterioso. Desde que começaram a sair juntos, João notou que suas apostas começaram a falhar de forma inexplicável.
Ele apostava no time favorito e, de repente, o artilheiro se lesionava no primeiro tempo. Aposta combinada? Um único resultado improvável destruía o bilhete. E não importava o esporte – futebol, basquete, até corridas de cavalos. Tudo que tocava virava prejuízo.
No início, ele achou que era coincidência. Mas então começou a notar um padrão. Toda vez que Clara estava por perto quando ele fazia uma aposta, algo dava errado. Se ela mandava uma mensagem antes de um jogo, um gol contra ou uma virada inacreditável acontecia. João começou a brincar com os amigos que ela era seu "azar pessoal", mas, no fundo, ele sentia um certo desconforto.
A coisa piorou quando decidiu testar sua teoria. Certo dia, fez uma aposta promissora e garantiu que Clara não soubesse de nada. Desligou o celular, evitou encontrá-la, sequer pensou nela durante o jogo. E, como num passe de mágica, ele ganhou – um bom dinheiro, o suficiente para compensar as últimas perdas.
Mas a prova definitiva veio em uma noite de sábado. Clara insistiu para assistirem juntos a um jogo. João hesitou, mas cedeu. Antes do apito inicial, ele apostou no time favorito. No primeiro minuto, um pênalti inesperado. No segundo tempo, o goleiro adversário fez defesas impossíveis. Aos 90 minutos, um gol inacreditável do time adversário. A aposta estava perdida.
Era oficial: Clara trazia azar.
A dúvida começou a consumir João. O que fazer? Ele gostava dela, mas suas apostas estavam em ruínas. Será que poderia manter um relacionamento e continuar apostando? Será que tudo era apenas paranoia?
Numa noite chuvosa, depois de mais uma aposta perdida, ele decidiu terminar. Clara ficou surpresa, mas não insistiu. Antes de ir embora, olhou para ele e disse:
— Você não percebeu, não é? Não era azar... era um aviso.
Sem entender direito, João viu Clara se afastar.
No dia seguinte, recebeu uma notícia chocante: a casa de apostas que ele usava havia sido hackeada e muitos usuários perderam dinheiro. O mais estranho? O ataque aconteceu exatamente no dia em que ele decidiu se afastar de Clara.
Pela primeira vez, João começou a pensar... e se não era azar? E se Clara, de alguma forma, estava protegendo-o de algo pior? E então, ficou a dúvida: ele havia se livrado de um problema ou perdido sua maior sorte?
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